Já há algum tempo nós,
coordenadoras pedagógicas , nos conhecemos e nos reconhecemos nos mesmos
sonhos, ideais e nos compromissos assumidos por uma educação melhor para nossos
pequenos.
Nossos encontros rápidos entre
uma e outra reunião de formação é sempre muito marcado por experiências e
angustias partilhadas, mas também, pelo desejo de parcerias estabelecidas que
nos fortaleçam profissionalmente e qualifiquem nossas ações formativas.
Por acreditar na força dos
gravetos unidos pelos nós, apostamos no estar junto!
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
A história de
amor entre a educação e os CEIs é recente, tal qual a de nossas crianças, que
engatinham e usam fraldas.
Estamos num
tempo de construção histórica, política, social e pedagógica de representações
do que seja o trabalho educativo na primeira infância, bem como o que seja o
papel do Coordenador Pedagógico neste contexto.
A questão a
ser respondida é de como organizar uma formação de um grupo de professores que
se reflita efetivamente na qualificação de suas práticas e atenda as
especificidades de uma faixa etária ainda tão pouco conhecida e que os auxilie
a construir saberes sobre:
·
Como se dá o
desenvolvimento e aprendizagem das crianças;
·
que é ser um
professor de bebês;
·
Como planejar,
observar e intervir com crianças pequenas de forma a fazê-las avançar em
seu desenvolvimento;
·
Quais os
princípios e propósitos do trabalho com as crianças pequenas.
Estamos nos
constituindo enquanto profissionais de educação de crianças pequenas, bem
pequenas; neste contexto, é de fundamental importância fazer da nossa própria
ação objeto de pesquisa e assumir uma postura investigativa e reflexiva
sobre nossos próprios fazeres.
Para tanto,
nos propomos a constituir um grupo de estudo que, apostando na parceria,
buscará refletir e aprofundar seus saberes sem ter a pretensão de encontrar a
resposta final, mas com o propósito de inquietar-se, pensar, construir,
re-significar, conceber, conceituar, juntamente com seus pares, as respostas
possíveis para as muitas inquietudes que permeiam nosso oficio; respostas que
terão real significado para o grupo, por nascerem da legitimidade do “chão da
escola”, da autoria, do protagonismo e da corresponsabilidade de todos
e de cada um no processo de reflexão que nos permite sermos
donos da nossa vida e da nossa historia.
Que não se dê a outros o mérito de pensar sobre nossa docência, posto
que desejamos ser mais do que meros “fazedores” do nosso oficio. Um trabalho,
que em nenhum instante se apresenta como pronto ou terminado, pois isto negaria
a mais bela qualidade humana que é a de reconhecer-se como ser eternamente
inacabado.
OBJETIVOS
Nosso propósito é promover alguns encontros de
estudos entre os formadores onde pudéssemos:
· Refletir sobre o papel da formação
continuada e do coordenador pedagógico dentro de uma perspectiva sócio
interacionista de desenvolvimento;
· Discutir sobre boas estratégias
formativas que busquem o desenvolvimento da reflexividade;
· Analisar os processos formativos
vividos pelas unidades e pelos professores e refletir sobre suas singularidades
e generalidades;
· Pensar juntas em boas pautas
formativas, intervenções e encaminhamentos para grupos respeitando-se as
especificidades de cada Unidade;
· Pesquisar e elaborar materiais de
apoio interessantes e significativos que sustentem, enriqueçam e qualifiquem
nossas formações;
· Possibilitar o intercâmbio de
experiências dos professores das unidades envolvidas;
· Documentar todo o processo
registrando sistematicamente as reflexões,
discussões e ações resultantes desses encontros.
METAS
· Aprimoramento das
ações do Coordenador possibilitando a melhoria da qualidade das intervenções
junto aos professores;
Construir os percursos possíveis para formar e formar-nos enquanto
profissionais reflexivos
“ Entendo que ninguém deve ser obrigado a ser reflexivo, embora todos devam ser estimulados a sê-lo. E o todos começa em cada um de nós.”
Nenhum grupo começa por acaso.
Temos sonhos que foram compartilhados entre um café e outro. Aos poucos fomos moldando o que hoje se chama "grupo de estudo".
Temos que estar preparados para os elogios e as criticas, para enfrentar o desafio de se sentir no desassossego causado pela angustia da não resposta.
Provocar o outro, fazê-lo refletir e ao mesmo tempo fazer o mesmo movimento exige a maestria de quem sabe usar a prudência como a expressão da consciência madura de quem sabe que não se muda nada de uma hora para outra.
Paciência...
“Há que se cuidar do broto”, regando nem mais nem menos, na medida certa de cada necessidade, se não corremos o risco de fertilizá-lo no momento em que ele ainda se pedia a água fresca que revigora as forças.
O chão da escola será o nosso investimento maior, pois acreditamos que fora dele não há palco para fomentar as nossas reflexões e promovermos mudanças.
Temos muito trabalho pela frente...
Rosana
Acompanhe o registro das nossas discussões :
http://formareformarse.blogspot.com.br/2013/03/registros-do-percurso.html
http://formareformarse.blogspot.com.br/2013/03/registros-do-percurso.html
Tive a grande oportunidade de trabalhar com a Sandra Melro e agora com a Adriana. Tenho certeza que essa parceria vai ser 10 e nós professores teremos muito a ganhar!!!!!!! Amo demais!!!!!
ResponderExcluirObrigada Re.
ExcluirO fato de maior importância é que estamos sempre, diariamente, aprendendo e humildemente conscientes que temos muito, muito, muito... a aprender!
Sandra
Eu é que tenho que agradecer .... a oportunidade de ter aprendido muito com você e agora ainda mais com essa grande parceria...agradecer a oportunidade de estar em CEIs com coordenadoras tão comprometidas com a educação e a formação dos profissionais.Quando eu crescer quero ser iguais a vocês rsrsrs
Excluir" Acreditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda.
Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente
e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção.
Encarná-la, diminuindo, assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos"
Paulo Freire
Olá Meninas! Quero parabenizá-las pelo belo trabalho. Esse esforço demonstra que são excelentes profissionais e preocupadas com os rumos da Educação Infantil de 0 a 3. Nós, professores de CEI, vivenciamos enormes conflitos desde que ingressamos há 10 anos. Creio que avançamos um pouco, porém ainda há muito o que mudar em relação às práticas pedagógicas. Aproveitem esse momento de estudos e nos tragam novas perspectivas. Adriana querida, sou sua fã...quem sabe um dia possamos trabalhar juntas novamente para darmos continuidade aos nossos projetos. Bjks.....ETHEL
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