Iniciamos nosso encontro nos reconhecendo ao
ouvir a leitura escolhida para abrir o encontro
O limpador de placas de rua era um homem feliz.
Gostava do que fazia, gostava de suas ruas e gostava de suas placas.
E quando alguém perguntava o que gostaria de mudar em sua vida, respondia sem vacilar:
Nada, absolutamente nada! Decerto tudo teria continuado assim se um belo dia uma mãe e seu filho não tivessem parado ao pé da escada azul...
Com poucas palavras bem colocadas, a autora nos ensina como a leitura e a boa música podem preencher e transformar a vida de qualquer pessoa.
Autor: Monika Feth
Ilustrador: Antoni Boratynski
O coordenador pedagógico ainda se
confunde com os diversos papéis que esse profissional desempenhou ao longo da
historia da educação:
Chefe, fiscalizador, provedor, organizador de
eventos, apaziguador de conflitos, regente... E vivemos nos confundindo entre
os papeis: Gerador de conforto ou Gerenciador de conflitos.
Hoje, buscamos uma identidade
caracterizada pela parceria e apostamos num profissional critico e reflexivo,
um articulador de estratégias de formação, que, por ter um olhar distanciado,
pode estranhar o que parece tranquilo e acomodado e convidar o grupo a
ressignificar seu olhar e suas práticas na direção das mudanças esperadas num
currículo critico-emancipatório.
Esse, então, configura-se num novo
desafio:
Quais os desafios e encaminhamentos
de uma formação que o apoie a reconhecer-se como um profissional reflexivo, um
sujeito autor que cria e recria suas ações a partir das reflexões sobre seus
fazeres, em busca de coerência entre suas intenções e ações enquanto formador?
Muitas são as questões que envolvem essa discussão :
·
Quais as representações culturais e concepções de aprendizagem e desenvolvimento e ideias sobre
formação que ainda sustentam as
ações do coordenador pedagógico. Como pensar no conceito de formação dentro de uma proposta socio interacionista de desenvolvimento? (o que pensamos ser formação?)
·
Como estão estruturados os processos formativos (formação
inicial e continuada) desse profissional - em que
momentos nas formações pontuais nos debruçamos sobre as especificidades e os
saberes necessários ao fazer de um formador? (vale ressaltar que o mesmo curso
forma professores, coordenadores e diretores).
·
Qual o olhar desse profissional sobre sua própria
identidade (o que ele pensa ser o seu papel)
·
Quais as expectativas do grupo quanto a sua atuação (Como o grupo vê esse profissional)
·
Quais as experiências formativas necessárias para a formação de um profissional com autonomia
intelectual e que seja capaz de estabelecer relações crítico reflexivas entre
as concepções, intenções e ações que envolvem sua realidade.
·
Como garantir a dialogicidade no processo formativo do CP
para que as discussões dos momentos de
formação se reflitam efetivamente nas suas ações no chão da escola
· Questões estruturais e organizacionais da própria escola (espaços, tempos e materiais que envolvem e implicam em
sua atuação)
Toda e qualquer reflexão sobre os desafios da formação
desse profissional que se proponha a ir para além de uma discussão superficial e conceitual pedira considerar essas questões mas o processo de crescimento do ser
humano está na sua predisposição em aceitar o desafio, na sua reflexão sobre a
prática e se fortalece muito mais nas suas dúvidas e dificuldades, do que nas
respostas e certezas.
Respostas, que terão real significado para o grupo, por nascerem da
legitimidade, da autoria, do protagonismo e da corresponsabilidade de todos e
de cada um no processo de reflexão que nos permite sermos donos da nossa vida e
da nossa história.
Que não dá a outros o mérito de pensar sobre nossa docência, posto que
desejamos ser mais do que meros “fazedores” do nosso oficio.
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