Mais uma vez nos encontramos. A
expectativa de mais um dia produtivo foi se configurando logo no primeiro
momento.
Uma contação com caixas de história com a Professora Adriana Santana
Uma contação com caixas de história com a Professora Adriana Santana
Em seguida, a Sandra leu a história “Sabeláonde” de Cristina
Valentine e Philip Giordano Editora Caramelo reforçando o acolhimento e
abertura do nosso encontro.
Trouxe mais duas sugestões de leitura os livros
“Douglas quer um abraço”
e o “Primeira semana na escola de vacas”.
A Rosana nos falou sobre um
projeto de leitura e empréstimos de livros no CEI Mário Caldana e nos mostrou algumas sacolinhas confeccionadas em algodão
cru e customizadas pelas famílias, durante as oficinas organizadas pelas
professoras com objetivo de sensibilizar e envolver os pais no Projeto
Leitura em casa. As sacolas servirão para as crianças levarem os livros
escolhidos por elas para casa para que algum familiar possa fazer o papel de
leitor para a criança
Por fim, a Irene sugeriu o filme “Sementes do Nosso Quintal” um documentário 2012 que retrata o cotidiano de "uma escola de educação infantil onde a criança está acima de métodos e fórmulas de se educar" uma experiência de educação que prima pela abordagem dos princípios que sonhamos para a Educação Infantil, nos convidando a refletir sobre as marcas das experiencias e vivências na essência da constituição humana
http://www.youtube.com/watch?v=1LGmDCCOoIk
A leitura do registro do nosso 2º encontro feito pela Regina nos
permitiu resgatar a questão balizadora da nossa formação:
Como garantir uma formação de qualidade que se reflita
efetivamente nas práticas dos professores, garanta o aprofundamento dos
conhecimentos profissionais da equipe e qualifique as ações educativas com as
crianças?
Há muito temos discutido sobre a
importância da formação continuada em serviço da busca pela qualificação no
atendimento à criança pequena e no auxílio a esse profissional, na reconstrução
de sua identidade profissional e na qualificação de seu trabalho.
No entanto, quando se considera que
os termos “formação” e “qualidade” estão marcados por uma considerável
subjetividade, por estarem ligados a concepções que se modificaram ao longo da
história, é importante pensar em que representações e concepções também marcam
nossa forma de atuação enquanto formadores.
Como e onde aprendemos a ser professor?
De que forma as experiencias vividas como alunos marcam as nossas representações do que seja ser professor?
Quais as
representações culturais e concepções de aprendizagem e desenvolvimento que sustentam as ações do professor no dia a dia na escolas?
Como se constituem os saberes desses professores?
Qual a matriz ideológica dos cursos de formação profissional nas universidades?
Como estão
estruturados os processos formativos (formação inicial e continuada) desse
profissional?
Como os professores aprendem?
É! as perguntas não eram poucas, mas
as leituras propostas nos alimentavam para as discussões do dia :
Nessa perspectiva, compreendemos
que a construção dos saberes docentes e suas representações, resultam da
“confluência entre varias fontes de saberes provenientes das historias de vida
individual, da sociedade, da instituição escolar, dos outros atores educativos,
dos lugares de formação, etc.” (TARDIF, 2010, p. 64).
Segundo Oliveira, tal perspectiva
destaca o importante papel da formação continuada enquanto espaço que
possibilita a constante reflexão dos professores sobre seus valores e crenças a
partir da problematização de ações e concepções que fundamentam suas praticas.
É papel do formador buscar compreender como os
professores constroem seus saberes, analisar suas representações constituídas a
partir de experiências vividas dentro do contexto cultural, histórico e social
em que estão inseridos, de que forma essas representações se refletem na
constituição de sua identidade profissional e que sustentam suas ações
educativas com as crianças.
Esses elementos são importantes para a
orientação dos processos e das estratégias de formação, possibilitando a
reflexão e propiciando a ressignificação de suas representações.
Agora seria preciso pensar nas nossas ações enquanto formadores
Quais as representações culturais e concepções de aprendizagem e desenvolvimento e ideias sobre formação que ainda sustentam as ações do coordenador pedagógico?
Como e onde aprendemos a ser um formador?
O que pensamos ser formação?
Que crenças e concepções têm sustentado nossas ações formativas e nossa atuação enquanto coordenador pedagógico?
Como pensar no conceito de formação dentro de uma proposta sócio interacionista de desenvolvimento?
Em que momentos nas formações pontuais nos
debruçamos sobre as especificidades e os saberes necessários ao fazer de um
formador?
Como planejar uma formação que mobilize os saberes dos professores, traga boas questões para reflexão e possibilite a ressignificação de saberes ?
Novas leituras nos apoiarão na discussão dessas questões:
Seguem algumas reflexões
O grupo saiu mexido. Percebemos o desassossego gerado pelas discussões.
É isso aí! Não ter respostas... quantas provoções!
“Dois questionamentos que ainda estão
me perturbando: a primeira questão é que formador pretendo ser? e a segunda, como
quero que seja a minha formação?. Ser um formador que tem clareza que todos
possuem uma construção histórica e fazem parte de um meio social impregnado de
ideologias, que todos os envolvidos no processo educativo estão permeados por
seus saberes acumulados, por aquilo que acreditam e nas vivências que tiveram.
O ato de formar é complexo e exige uma gama de saberes que nem sempre
possuímos, mas a formação não pode ser vista de forma alguma como treinamento
ou capacitação. Temos que privilegiar uma formação que desestabiliza, que
abala certezas e instaura dúvidas, podemos conseguir isso através de boas
questões que propiciem a reflexão e modifique as representações cristalizadas.”
Luciana
“Não é mais possível seguir o modelo da transmissão, esse modelo
que não
provoca inquietações e que não faz pensar, um pensar que nos tire a
tranquilidade e que nos faça buscar outras possibilidades e outros rumos na educação
que fazemos. Mudar a representação é o novo caminho, difícil mas
necessário. Mudar a representação de nós mesmos, mudar a representação do
que fazemos, mudar a representação do que ensinamos e aprendemos. Espero
que nosso grupo de estudo me apoie nos primeiros passos deste caminho sem
volta.” Rosângela
“Formação é um processo contínuo, que ocorre sem
interrupção, objetivando oportunizar a todos, a vivência de novas experiências,
novas pesquisas e novas formas de pensar e ver a escola
.
Diante desse quadro ,um dos desafios do
formador consiste em integrar teoria e prática para que boas mudanças ocorram
na educação.” Noemi
“ Ser formador exige prudência ...
não se tira o chão sem oferecer outro apoio. Cautela e coragem dois temperos
necessários quando se quer pensar em mudanças no fazer pedagógico dos nossos
professores.” Regina
“Cabeça fervilhando... incomodada ...
uma formação que dê conta de mudar as representações ideológicas. Tenho muito
que aprender! Como construir boas perguntas? Como buscar bons modelos? Como
sermos bons alimentadores de repertório? Só posso dizer... socorro!!!! Vou
pirar de vez!!!! Por favor alguém me ajuda!” Rosana